segunda-feira, 21 de junho de 2010

BIOTECNOLOGIA AGRÍCOLA

O progresso da biotecnologia se deu com o desenvolvimento de metodologias de transformação genética, junto ao aperfeiçoamento de técnicas de isolamento e caracterização de genes, criou novas alternativas para a produção de plantas capazes de resistir a diferentes formas de agressões de origem biótica ou abiótica. Esse desenvolvimento pode ser exemplificado nos tópicos a seguir.

USOS DE MENOS HERBICIDAS
A resistência a herbicidas é uma característica de interesse agronômico, considerando-se que diversos deles exercem seu efeito inativando enzimas essenciais aos processos vitais da planta que, muitas vezes, são as mesmas, tanto na planta cultivada quanto na espécie invasora. Embora os herbicidas causem problemas ambientais, prejudicando o solo, poluindo águas e causando riscos à saúde humana, seu uso é bastante amplo na agricultura, já que as perdas anuais devido a ervas daninhas são estimadas em torno de 13% (Freyssinet & Derose, 1994). O objetivo geral da criação de plantas resistentes é desenvolver plantas que possam tolerar a exposição a herbicida de largo espectro, degradáveis na biosfera e não tóxicos para os animais.

MAIS LUCRO AO PRODUTOR
As lavouras geneticamente modificadas apresentam menor custo de produção. Estudos no Brasil comprovaram que a soja Roundup Ready, devido à menor dependência de herbicidas convencionais e ao menor número de operações na lavoura, teria redução de 15% nos custos de produção, de 20% a 40% no uso de combustíveis, 90% na erosão do solo e 33% no nível de impureza dos grãos colhidos.

ALIMENTOS COM MAIS VITAMINAS
Cientistas de todo mundo já estão desenvolvendo plantas biofortificadas, geneticamente modificadas para possuir mais vitaminas, proteínas e outras substancias importantes para saúde, como as que atuam na redução do risco de doenças cardiovasculares, materno-infantis, gastrointestinais, oculares e até diferentes tipos de câncer. Alguns exemplos são: morangos enriquecidos com vitamina C; óleos de canola e soja com mais gordura monoinsaturada, que ajuda a reduzir o colesterol LDL; batatas ricas em proteínas e vitaminas; trigo com mais vitamina B9; milho e soja com mais aminoácidos que formam proteínas.

RESISTENCIA A DOENÇAS
Nos últimos anos, a tecnologia do DNA recombinante foi utilizada para produzir plantas resistentes a doenças fúngicas, com base em genes de proteínas de origem vegetal, que são capazes de inibir o crescimento de fungos in vitro. Embora a função de muitas dessas proteínas nos mecanismos de defesa da planta ainda não tenha sido elucidada, a expressão constitutiva ou induzida de seus genes em plantas transgênicas pode resultar em aumento de resistência a fungos.

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